O Brasil foi o primeiro país a ter um serviço obrigatório de
segurança e medicina do trabalho em empresas com mais de 100 funcionários. Este
passo foi dado no dia 27 de julho de 1972, por iniciativa do então ministro do
trabalho Júlio Barata, que publicou as portarias 3.236 e 3.237, que
regulamentavam a formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho e
atualizando o artigo 164 da CLT. Por isto, a data foi escolhida para ser o dia
nacional de prevenção de acidentes de trabalho.
Era um período de fragilidade no tocante à segurança dos
trabalhadores no Brasil.
O número de acidentes de trabalho era tamanho que
começaram a surgir pressões exigindo políticas de prevenção, inclusive com
ameaças do Banco Mundial de retirar empréstimos do país caso o quadro continuasse.
Hoje, 30 anos depois, não se pode pensar uma empresa que não
esteja preocupada com os índices de acidentes de trabalho. A segurança dentro
da empresa é sinônimo de qualidade para a mesma e de bem-estar para os
trabalhadores. Financeiramente, também é vantajosa: treinamento e infraestrutura
de segurança exigem investimentos, mas por outro lado evitam gastos com
processos, indenizações e tratamentos de saúde em casos que poderiam ter sido
evitados.
A PREVENÇÃO de acidentes depende, principalmente, da ação de cada um de nós. Faça a sua parte.
O termo L.E.R. (Lesões por Esforços Repetitivos) vem sendo
substituído por D.O.R.T. (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).
A substituição que ocorre é porque o termo L.E.R. supõe que a pessoa tenha um
machucado, esteja lesionado, já o termo D.O.R.T. admite que os sintomas possam
aparecer nos braços, ombros, cotovelos e mãos, sem que a pessoa esteja
lesionada ou machucada.
O conceito básico é de que se trata de alterações e sintomas
de diversos níveis de intensidade nas estruturas osteomusculares (tendões,
sinovias, articulações, nervos, músculos), além de alteração do sistema
modulador da dor.
"Esse quadro clínico é
decorrente do excesso de uso do sistema osteomuscular no trabalho."
Em avaliação do local/posto de trabalho deverão ser observados:
meio ambiente, aspectos técnicos, aspectos organizacionais, mobiliário,
instrumentos de trabalho, condições ambientais, “layout” do posto de trabalho, relações
interpessoais de trabalho e percepção dos trabalhadores sobre a organização do
trabalho.
É importante averiguar, entre outros aspectos: possibilidades
de mudança postural pelo trabalhador, variedade e diversidade de funções,
autonomia do trabalhador, pausas regulares ou possibilidade de pausa entre um
ciclo e outro, possibilidade de interromper o trabalho para necessidades
fisiológicas. Além destes, alguns aspectos já assinalados como fatores de risco
devem ser observados: existência de repetitividade, fragmentação da tarefa,
pressão de tempo, incentivos à produtividade, ritmo de trabalho induzido por
esteira de produção ou equivalente, possibilidade de aumento do ritmo da
produção e/ou da esteira pela supervisão, horas extras ou dobras de turno,
existência de sazonalidade da produção que implique maior concentração de
atividades como consequente sobrecarga em épocas do mês ou ano, número
insuficiente de pessoas para a produção exigida.
Quanto aos aspectos mais
ligados à biomecânica, observar: qualidade da cadeira, características de mesa
de trabalho com computador, de caixa registradora ou de caixa de banco, uso de
ferramentas manuais vibratórias, situações de trabalho que impliquem manutenção
de braços suspensos, sem apoio, posição do tronco (ereto? apoiado?),
trabalhador realiza suas funções sentado em balcão ou em bancadas feitas para o
trabalho em pé, uso de força. Realizada a inspeção, o conjunto de informações
obtido deve permitir a adequada definição da exposição à sobrecarga no
trabalho, possibilitando melhor orientação à investigação diagnóstica.
Ergonomia no computador
Segundo a Norma Regulamentadora 17, os equipamentos
utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem
observar o seguinte:
a) condições de mobilidade suficientes para permitir o
ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra
reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade,
permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem
executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser
colocados de maneira que as distâncias olho tela, olho-teclado e olho-documento
sejam aproximadamente iguais;
d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura
ajustável.
Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados
com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas
as exigências previstas acima, observada a natureza das tarefas executadas e
levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho.
-Layout
O layout ou arranjo físico de uma
empresa é como se encontra, ou seja, como os recursos humanos e materiais estão
dispostos na organização. Através de uma análise, pode-se melhorar a disposição dos componentes que compõe qualquer
ambiente de trabalho. Isso leva a uma maior produtividade, melhor
aproveitamento do espaço físico da organização e uma minimização dos custos.
Benefícios:
Definir
com clareza o fluxo de informação, material e pessoas;
Facilitar
o controle da produção;
Minimizar
os custos, através do melhor aproveitamento do espaço;
Promover
segurança e conforto para os funcionários;
Ampliação
da capacidade produtiva com o balanceamento adequado dos recursos;
Melhor
aproveitamento do espaço físico;
Redução
da movimentação de pessoas e materiais;
Regularidade
do ritmo de produção;
Aumento
da produtividade;
Maior
flexibilidade da produção.
Ou seja depois deste vasto texto explicativo devemos observar bem o Layout ocupacional garantindo melhor qualidade de vida para nossos subordinados e melhor qualidade de produção e rendimento para a empresa, pois, os dois estão ligados. Analisar e escolher bons EPI'S e EPC'S, mobiliá correta e produtos certificados, isto tudo faz a diferença.
Por isto que eu indico algumas empresas que sabem bem o quanto este fator é importante tanto para empresa como para o colaborador.
Supervisionar as atividades ligadas á segurança do
trabalho, visando assegurar condições que eliminem ou reduzam ao mínimo os
riscos de ocorrência de acidentes de trabalho, observando o cumprimento de toda
a legislação pertinente.
Responsabilidade
Promover inspeções nos locais de trabalho,
identificando condições perigosas, tomando todas as providências necessárias
para eliminar as situações de riscos, bem como treinar e conscientizar os
funcionários quanto a atitudes de segurança no trabalho.
Preparar programas de treinamento sobre segurança
do trabalho, incluindo programas de conscientização e divulgação de normas de
segurança, visando ao desenvolvimento de uma atitude preventiva nos
funcionários quanto à segurança do trabalho.
Determinar a utilização pelo trabalhador dos
equipamentos de proteção individual (EPI), bem como indicar e inspecionar
equipamentos de proteção contra incêndio, quando as condições assim o exigirem,
visando à redução dos riscos à segurança e integridade física do trabalhador.
Colaborar nos projetos de modificações prediais ou
novas instalações da empresa, visando a criação de condições mais seguras no
trabalho.
Pesquisar e analisar as causas de doenças ocupacionais
e as condições ambientais em que ocorreram, tomando as providências exigidas em
lei, visando evitar sua reincidência, bem como corrigir as condições insalubres
causadoras dessas doenças.
Promover campanhas, palestras e outras formas de
treinamento com o objetivo de divulgar as normas de segurança e higiene do
trabalho, bem como para informar e conscientizar o trabalhador sobre atividades
insalubres, perigosas e penosas, fazendo o acompanhamento e avaliação das
atividades de treinamento e divulgação.
Supervisionar os serviços de cantina, vigilância e
portaria, visando garantir o bom atendimento ao público interno e visitante.
Distribuir os equipamentos de proteção individual
(EPI), bem como indicar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio,
quando as condições assim o exigirem, visando à redução dos riscos à segurança
e integridade física do trabalhador.
Colaborar com a CIPA em seus programas, estudando
suas observações e proposições, visando a adotar soluções corretivas e
preventivas de acidentes do trabalho.
Levantar e estudar estatísticas de acidentes do
trabalho, doenças profissionais e do trabalho, analisando suas causas e
gravidade, visando a adoção de medidas preventivas.
Elaborar planos para controlar efeitos de
catástrofes, criando as condições para combate a incêndios e salvamento de
vítimas de qualquer tipo de acidente.
Preparar programas de treinamento, admissional e de
rotina, sobre segurança do trabalho, incluindo programas de conscientização e
divulgação de normas e procedimentos de segurança, visando ao desenvolvimento
de uma atitude preventiva nos funcionários quanto à segurança do trabalho.
Prestar apoio à SIPAT, organizando as atividades e
recursos necessários.
Avaliar os casos de acidente do trabalho,
acompanhando o acidentado para recebimento de atendimento médico adequado.
Realizar inspeções nos locais de trabalho,
identificando condições perigosas, tomando todas as providências necessárias
para eliminar as situações de riscos, bem como treinar e conscientizar os
funcionários quanto a atitudes de segurança no trabalho.
Responda esta pergunta.
E para você como é a rotina do trabalho de um
Técnico em Segurança?
Assim como em muitas profissões,
o Técnico em Segurança do Trabalho está sempre envolvido com a ética
profissional e muitas vezes se vê em situações onde falar ou não falar sobre
algo, é questão de sobrevivência até para a empresa. Em outras oportunidades a
ética aparece entre os próprios profissionais.
Aqui aparece a questão em que o
profissional se envolve em assuntos relacionados à empresa. Vejamos um exemplo:
Você é o TST que elabora os PPP’s da empresa e recebe um pedido
sigiloso para fazer um PPP de um funcionário. É fácil imaginar que a empresa
está pensando em demitir o tal funcionário. Acontece que você vê o nome e
descobre que é um amigo seu. Você contaria para ele ou não?
Ou então você observa que em algum setor existe um risco eminente, você
vai até a administração relata o problema e eles dizem para você ficar na sua,
que agora não se podem gastar recursos. E ai?
É óbvio que a ética lhe diz para
não comentar nada com ninguém, mesmo sendo ele seu melhor amigo. Isso é ética
para com a empresa. E no outro caso o código diz que devemos zelar pela vida e
cumprir nossa missão. Mesmo indo contra o chefe?
Em contrapartida, ser ético para
com a empresa não significa concordar com o que ela faz de errado.
Até porque, em se tratando de
prevenção de acidentes, você também poderá ser penalizado futuramente pela
negligência da empresa. Não se esqueça de que você está lá para aplicar a
legislação. Se você deixar de aplicar as normas porque a empresa está te
pressionando, isso não é ética para com a empresa – isso é negligência.
Conclusão
A ética profissional para os TST
está presente no dia a dia. Tomar as decisões certas pode fazer muita
diferença, tanto para você como para a empresa. Ser ético é saber falar e calar
na hora certa. É saber o que falar e para quem falar. Ser ético para com a
empresa é fazer o que ela pede, sem negligenciar a sua condição de
prevencionista.
Ser ético para com o colega é
respeitar as limitações profissionais e culturais de cada um e sempre tentar
ajudar. É fazer críticas construtivas. É ser empático. É ser amigo mesmo que as
diferenças existam, pois apesar de sermos diferentes também podemos ser muito
parecidos em diversos aspectos.
Portanto, ser ético é reconhecer
que somos seres humanos e como tal, sujeito a erros.
O assunto Qualidade de Vida dos Trabalhadores dos
trabalhadores, ganha cada vez mais destaque nos debates sobre saúde ocupacional,
afinal a saúde dos funcionários está diretamente relacionada à “saúde da
empresa”.Mesmo diante desta realidade, de que
pessoas saudáveis são capazes de fortalecer a competitividade organizacional, apenas
6% das empresas brasileiras mantêm programas de qualidade de vida para seus
funcionários. Embora saibam que este elemento reflete diretamente na economia
empresarial.
Mas a final qual o que seria qualidade de vida no
ambiente organizacional?A QVT, por sua vez, pode ser vista como
um indicador da qualidade da experiência humana no ambiente de trabalho.
Trata-se de um conceito estreitamente relacionado à satisfação dos
trabalhadores quanto à sua capacidade produtiva em um ambiente de trabalho
seguro, de respeito mútuo, com oportunidades de treinamento e aprendizagem e
com o equipamento e facilidades adequadas para o desempenho de suas funções,
onde ao serem exercidas não haja transtorno físico (DOR) relacionados
a posturas prolongadas e muitas vezes inadequadas, com solicitação constante de
movimentações tanto da região da coluna vertebral como dos membros inferiores e
superiores, a isto se associa a disposição dos mobiliários e peças extremamente
pesadas, as quais exigem do indivíduo uso de força muscular acarretando grande
gasto de energia física e é ai que entra a ergonomia.
Segundo a legislação brasileira na Norma Regulamentadora 17
que é a Norma Regulamentadora referente à ergonomia, para avaliar a adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho,
devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho.
“Ergonomia é um conjunto de ciências e tecnologias que
procura a adaptação confortável e produtiva entre o ser humano e o seu ambiente
de trabalho, procurando adaptar as condições de trabalho às características do ser
humano (Couto, 1995), resultando no princípio mais importante da ergonomia:
adaptar o trabalho ao homem (Grandjean, 1980)”.
As atividades que exigem movimentos repetitivos, força
excessiva, posturas estáticas ou inadequadas, movimento repetitivo por tempo
prolongado, entre outras, podem levar a dores musculares. Esses tipos de
atividades sem alternância, pausas para descanso e/ou mudanças de postura podem
ser prejudiciais. Assim, um bom
programa de atividades para estas pessoas sem dúvida os ajudará a diminuir
lesões por estes tais fatores.
Com a implantação de
recursos como a ginastica laboral é possível trabalhar com maior segurança e
conforto, baseadas em exercícios de alongamento e de relaxamento muscular, que
ajudam também a diminuir o estresse, a fadiga, corrigir a postura e reduzir as
chances de lesões osteomusculares.
Alguns exercícios de alongamento:
Para ampliar a implementação da qualidade de vida dos colaboradores também podemos contar com inúmeros produto ergonômico existentes hoje no mercado eles devem ter qualidade ergonômica, técnica e estética.
A qualidade ergonômica: é determinada pelo conceito de usabilidade, ou seja, prioritariamente atender às necessidades do usuário.
A qualidade técnica: é determinada pela eficácia do produto na realização das tarefas e correlacionada às características técnicas-construtivas ou de fabricação, como materiais de boa qualidade e de grande durabilidade.
A qualidade estética: é determinada pela aparência do produto, ou seja, o visual agradável e o design moderno.
É bom que saibamos que cada profissão tem um tipo de adequação
ergonômica especifica, que varia do ambiente, da profissão, do individuo e da empresa das quais podemos nos aprofundar a partir destes Textos: