Mostrando postagens com marcador instrumentos de medição. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador instrumentos de medição. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ergonomia no Escritorio



LER/DORT

O termo L.E.R. (Lesões por Esforços Repetitivos) vem sendo substituído por D.O.R.T. (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). A substituição que ocorre é porque o termo L.E.R. supõe que a pessoa tenha um machucado, esteja lesionado, já o termo D.O.R.T. admite que os sintomas possam aparecer nos braços, ombros, cotovelos e mãos, sem que a pessoa esteja lesionada ou machucada.
O conceito básico é de que se trata de alterações e sintomas de diversos níveis de intensidade nas estruturas osteomusculares (tendões, sinovias, articulações, nervos, músculos), além de alteração do sistema modulador da dor. 

"Esse quadro clínico é decorrente do excesso de uso do sistema osteomuscular no trabalho."

Em avaliação do local/posto de trabalho deverão ser observados: meio ambiente, aspectos técnicos, aspectos organizacionais, mobiliário, instrumentos de trabalho, condições ambientais, “layout” do posto de trabalho, relações interpessoais de trabalho e percepção dos trabalhadores sobre a organização do trabalho.
É importante averiguar, entre outros aspectos: possibilidades de mudança postural pelo trabalhador, variedade e diversidade de funções, autonomia do trabalhador, pausas regulares ou possibilidade de pausa entre um ciclo e outro, possibilidade de interromper o trabalho para necessidades fisiológicas. Além destes, alguns aspectos já assinalados como fatores de risco devem ser observados: existência de repetitividade, fragmentação da tarefa, pressão de tempo, incentivos à produtividade, ritmo de trabalho induzido por esteira de produção ou equivalente, possibilidade de aumento do ritmo da produção e/ou da esteira pela supervisão, horas extras ou dobras de turno, existência de sazonalidade da produção que implique maior concentração de atividades como consequente sobrecarga em épocas do mês ou ano, número insuficiente de pessoas para a produção exigida. 
Quanto aos aspectos mais ligados à biomecânica, observar: qualidade da cadeira, características de mesa de trabalho com computador, de caixa registradora ou de caixa de banco, uso de ferramentas manuais vibratórias, situações de trabalho que impliquem manutenção de braços suspensos, sem apoio, posição do tronco (ereto? apoiado?), trabalhador realiza suas funções sentado em balcão ou em bancadas feitas para o trabalho em pé, uso de força. Realizada a inspeção, o conjunto de informações obtido deve permitir a adequada definição da exposição à sobrecarga no trabalho, possibilitando melhor orientação à investigação diagnóstica.


Ergonomia no computador
Segundo a Norma Regulamentadora 17, os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte:

a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador;

b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;

c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais;

d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.
Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas acima, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho.


-Layout
     O layout ou arranjo físico de uma empresa é como se encontra, ou seja, como os recursos humanos e materiais estão dispostos na organização. Através de uma análise, pode-se melhorar a  disposição dos componentes que compõe qualquer ambiente de trabalho. Isso leva a uma maior produtividade, melhor aproveitamento do espaço físico da organização e uma minimização dos custos.
            Benefícios:
  • Definir com clareza o fluxo de informação, material e pessoas;
  • Facilitar o controle da produção;
  • Minimizar os custos, através do melhor aproveitamento do espaço;
  • Promover segurança e conforto para os funcionários;
  • Ampliação da capacidade produtiva com o balanceamento adequado dos recursos;
  • Melhor aproveitamento do espaço físico;
  • Redução da movimentação de pessoas e materiais;
  • Regularidade do ritmo de produção;
  • Aumento da produtividade;
  • Maior flexibilidade da produção. 
Ou seja depois deste vasto texto explicativo devemos observar bem o Layout ocupacional garantindo melhor qualidade de vida para nossos subordinados e melhor qualidade de produção e rendimento para a empresa, pois, os dois estão ligados. Analisar e escolher bons EPI'S e EPC'S, mobiliá correta e produtos certificados, isto tudo faz a diferença.
Por isto que eu indico algumas empresas que sabem bem o quanto este fator é importante tanto para empresa como para o colaborador.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Espaco Confinado - atividade perigosa



Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação Humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. A entrada nesses espaços exige uma autorização ou liberação especial.
Entrada e trabalho em espaços confinados são atividades potencialmente muito perigosas, requer rigoroso treinamento, o empregador é o responsável por este treinamento, que deve ser repetido sempre que houver qualquer alteração nas condições ou procedimentos que não foram cobertos na sessão de treinamento anterior. Antes do ingresso no espaço confinado, a sua atmosfera deve ser testada quanto à presença de riscos a fim de se tomarem as medidas de proteção necessárias à preservação da vida dos trabalhadores.
 Equipamentos especiais, além de técnicas e habilidades necessárias para fazer parte de uma equipe de trabalho em espaços confinados. Um espaço confinado, tendo acessos limitados, ventilação inadequada ou deficiente e não sendo previsto para presença humana contínua, representa sérios riscos à saúde dos trabalhadores que nele precisam penetrar para execução de trabalhos, rotineiros ou não. Qualquer ambiente industrial tem exemplos de espaços confinados. Nesses locais, somente pessoas treinadas e autorizadas podem ingressar.
Os acidentes em espaços confinados, conquanto não tão frequentes, quando acontecem, quase sempre têm consequências fatais.

Há três classes de espaços confinados:
Espaços Classe A – aqueles que apresentam situações que são IPVS. Estão inclusos espaços que sejam  deficientes de oxigênio e/ou que contenham atmosferas tóxicas ou explosivas.
Espaços Classe B – não representam riscos imediatos à vida ou à saúde, no entanto, têm potencial para causar lesão ou doenças se medidas de proteção não forem tomadas.
Espaços Classe C – São aqueles em que qualquer risco é tão insignificante que nenhuma prática ou procedimento de trabalho seja necessário.

 Espaço confinado é aquele onde se verificam  as seguintes condições:
a) – é grande o suficiente e configurado de tal forma que um trabalhador nele pode entrar e desempenhar uma tarefa que lhe foi atribuída;
b) – tem meios limitados ou restritos para entrada e saída (tanques, vasos, silos, depósitos, covas); e,
c) – não foi previsto para ocupação humana contínua”.


   Atividades típicas que exigem entrada em espaços confinados

d) Limpeza para remoção de lama ou outros dejetos,
e) Inspeção da integridade física e processo de equipamentos,
f) Manutenções tais como jateamento abrasivo e aplicação de recobrimentos de superfícies em subterrâneos com ou sem tubulações,
g) Instalações, inspeções, reparos e substituições de válvulas, tubos, bombas, motores em covas ou escavações,
h) Ajustes ou alinhamentos de equipamentos mecânicos e seus componentes,
i) Verificações e leituras em manômetros, painéis, gráficos ou outros indicadores,
j) Instalações, ligações e reparos de equipamentos elétricos ou de comunicações, instalações de fibras ópticas,
k) Resgate de trabalhadores que foram feridos ou que desmaiaram em tais espaços.

 Uma permissão para ingresso em espaços confinados foi criada pela OSHA em 1993. Trata-se de um conjunto de normas que começa pelos testes e monitoramentos ambientais.

   Condições ambientais nos espaços confinados
  Existe classes de problemas no ambiente de espaços confinados:

l) Concentrações inadequadas de oxigênio
m) Presença de gases e/ou vapores tóxicos
n) Presença de gases e/ou vapores inflamáveis.
Alguns ambientes podem ter uma somatória dessas três condições de risco.

 A utilização de analisadores portáteis de gases é o primeiro passo para identificação desses riscos. A maioria deles tem condição de detectar mais de um gás e o mais típico deles mede: oxigênio, gás combustível, CO (monóxido de carbono) e H2S (gás sulfídrico). Outros gases também podem ser detectados, dependendo do caso particular de cada situação.

a. Níveis incorretos de oxigênio
 O problema mais comum com o ar em espaços confinados é a maior causa de mortes porque o ar possui pouco ou nenhum oxigênio. Os níveis de oxigênio na atmosfera normal se situam entre 20 e 21% em volume. Muitas pessoas já tiveram a experiência de viajar para localidades de grande altitude e sentiram fadiga ao desempenhar atividades normalmente simples como subir escadas.

 O percentual de oxigênio no ar é normal nesses locais mas há menos oxigênio porque há menos ar, por isso as pessoas sofrem o problema com suprimento inadequado de oxigênio. Sente-se dificuldade em respirar a níveis próximos dos 14% e confusões mentais aparecem aos 12%. Aos 10% há perda de consciência e aos 8% ocorre a morte. As normas da OSHA determinam um mínimo de 19,5% de oxigênio no ar. Na Europa, esse teor é 19%. No Brasil nossas normas aceitam 18%.

b. Gases e Vapores Inflamáveis
 Os gases, vapores ou poeiras inflamáveis constituem a segunda classe de risco. Tanques ou tonéis que armazenaram substâncias inflamáveis e estão sendo limpos ou sofrendo manutenção, podem conter traços ou concentrações elevadas dos produtos que lá estavam armazenados. O imite Inferior de Inflamabilidade (L.I.I.) pode ser atingido até antes de que se procedam medições ambientais. Antes do ingresso, tais ambientes podem ser inundados com gás inerte, que não suporta combustão, tal como o nitrogênio, num processo denominado inertização. Uma necessidade após a inertização, é medir o teor de oxigênio e decidir que não haja risco de explosão ou fogo, então deixa-se entrar oxigênio de volta ao ambiente durante o ingresso.

 É comum associar combustão com líquidos, esquecendo-se das poeiras combustíveis, mas estas podem se tornar uma séria ameaça. Silos contendo produtos de agricultura também podem explodir violentamente em presença de uma fonte de ignição. Como regra, níveis de poeiras suficientes para obscurecer a visão em 1,5m devem ser considerados perigosos.


c. Gases e Vapores Tóxicos
Finalmente, deve-se levar em conta também os vapores e os gases tóxicos. Conhecer suas concentrações ambientais antes de penetrar num espaço confinado ajuda a selecionar o método de testar esses ambientes, mas as preocupações não devem ser limitadas a esses produtos químicos. CO e H2S são gases tóxicos encontrados com freqüência e pesquisar esses e outros possíveis contaminantes é uma sábia precaução. Lembre-se de que muitas substâncias têm fracas propriedades de alerta (percepção pelo olfato).
Cabe ao Empregador:
a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma; b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento; c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado; d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho; e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de emergência e salvamento em espaços confinados; f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho; g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores; h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em conformidade com esta NR; i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos espaços confinados.
Cabe aos Trabalhadores: 
a) Colaborar com a empresa no cumprimento desta NR; b) Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa; c) Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; d) Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos espaços confinados; e) Fazer a analise de risco antes da tarefa; f) Usar os EPI’s, adequado para a tarefa conforme observado na análise de risco.
Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão de Entrada e Trabalho devem ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e revisados sempre que houver alteração dos riscos, com a participação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.


Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - ASO. 
 Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle.
 O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços confinados deve ser determinado conforme a análise de risco. 
 É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma individual ou isolada.

Higiene do Trabalho - instrumentos de medicao



Atualmente as empresas estão focadas na gestão da qualidade através da ISO, que na sua série 9000 define explicitamente a relação entre garantia da qualidade e metrologia, estabelecendo diretrizes para se manter um controle sobre os instrumentos de medição da empresa, tornando assim necessária, a implantação de um processo metrológico na empresa que busca ou possui uma certificação.  
 Se fazendo necessário assim desenvolver metodologias, procedimentos, programas e também Implantar, administrar e informar sobre riscos e programas de controlo.
Antecipar, identificar e avaliar as condições e as práticas de trabalho de risco, medir, auditar e avaliar a eficácia das medidas tomadas nos programas de controlo.
O objetivo da Higiene do Trabalho é a eliminação de todos os fatores de risco ambientais, nos locais de trabalho. Eliminando tudo o que possa afetar a saúde.
Para controlar um Processo Industrial exige a medição de uma série de parâmetros. É então que se faz necessário a utilização da pratica de medição do ambiente e de fatores de risco, utilizando uma serie de aparelhos de medição: anemômetros, calibradores de bombas, bomba para amostragem de poeira e gases, detectores de gás, decibelímetro ou medidor de pressão sonora, dosimetro, monitor do IBUTG, explosímetro, higrômetro, medidores de vibração humana, luximetro  dispositivos utilizados para realizar uma medições. 
 Um instrumento é um dispositivo que é utilizado para medir, indicar, transmitir ou controlar grandezas características de sistemas físicos.
A principal característica da instrumentação na higiene ocupacional é oferecer uma amostra ou recurso de medição que permita estimar o risco para a saúde dos trabalhadores. Os equipamentos devem ser portáteis para poder acompanhar todos os movimentos da pessoa avaliada.
No âmbito da Metrologia Legal, os instrumentos de medição são utilizados no comércio, nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente e na definição ou aplicação de penalidades (efeito fiscal).
É importante assegurar a confiabilidade dos resultados de medições através da manutenção correta dos dispositivos e do treinamento adequado de seus operadores, garantindo a qualidade final dos resultados. 
É importante entender que a missão da metrologia é selecionar, desenvolver, implantar, manter e melhorar sistemas de medição confiáveis, robustos e disponíveis, que não exijam excessivas qualificações e não consumam demasiados recursos durante seu uso, dentro do orçamento previsto, determinando os riscos e assegurando o atendimento às especificações e legislações aplicáveis.
É também muito importante que saibamos reconhecer cada aparelho sua função, seu funcionamento, sua calibração e sua areá aplicável,que ele atenda as as normas de qualidade dos instrumentos(IEC, ANSI), oferecer estabilidade após longo uso, com exatidão e precisão de leituras. 

 Guia de instrumentos 1  e instrumentos 2