quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mulheres - Tecnicas de Seguranca do trabalho



Nos últimos anos, o número de mulheres nas salas dos cursos técnicos em Segurança do Trabalho não parou de crescer. Posso dizer que quase 50% dos alunos hoje são mulheres.
a mudança de perfil desse profissional se deve ao maior acesso a informações sobre a profissão e amplitude da atuação de um técnico em segurança. O mercado de trabalho nesta área está em alta e existem muitas oportunidades para os que acabam de se formar. As mudanças na legislação exigiram que as empresas se adequassem às normas reguladoras e buscassem esses profissionais.
Que pode trabalhar, por exemplo, com assessorias, orientando empresas sobre as medidas de segurança mais comuns ou ministrando cursos. Existem muitos lugares que um técnico em segurança pode atuar, além das indústrias, os supermercados e hospitais também necessitam deste profissional, exemplifica.
O que me faz fazer uma pergunta;
 Porque uma mulher tem que ser vista de forma diferente neste setor? Será que fomos nós que nos deixamos expor esta imagem frágil e incapaz ou será que foi achar que somos o centro do mundo e tudo gira em torno de nós?
Homens, não é feminismo, mas quero que outras mulheres, assim como eu, enfrentam no dia-a-dia uma área que até pouco tempo só era ocupada por homem.  Não sei como demorou tanto tempo assim as mulheres entrarem nesta área, porque fazemos muitas vezes vitimas e excepcionalmente delicadas, pois somos tão capazes ou melhores que alguns homens! 
O piso salarial de um técnico fica em torno de R$  1685,00, dependendo da experiência e conhecimentos na área, sendo um dos atrativos para o aumento na procura por este curso, tanto por homens quanto por mulheres. O tempo para se formar também atrai. A escolha de um bom curso é fundamental, estudar e se atualizar constantemente é o que diferencia o bom profissional.
Tenho uma amiga que me reportou o seguinte:
Olá tenho 20 e sou técnica em Segurança do trabalho, trabalho em uma empresa da minha região uma das melhores em se trabalhar, amo meu trabalho, consequentemente trabalho com quase 700 homens, são poucas mulheres, na minha área sou só eu e outra colega, estou aqui ha um tempo, mais os meus colegas não me respeitam, me acham inferior, me qualificam como fragilizada e até me pedem coisas que eles mesmos poderiam fazer, eu faço, pois ainda estou fazendo estágio, às vezes penso em desistir pela pressão e as brincadeiras que me jogam lá embaixo. Também passo por este tipo de constrangimento, pois me qualifiquei para ser a melhor no que faço, acrescentei cursos e até língua estrangeira para ser a diferença, mas mesmo assim no momento da entrevista eles dão a informação “damos preferencia por homens
Mas não abro mão porque foi difícil conseguir este estágio, pois as empresas preferem homens.
Alguém tem uma dica ou já passou pelo mesmo problema?

5 comentários:

  1. Parabéns as mulheres TSTs que executam com categoria a profissão.

    Blog Segurança Geral :
    http://www.blogsegurancatotal.blogspot.com.br/

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  2. Eu tenho 17 anos, vou fazer 18 esse mês. no mês que vem vou começar a fazer o curso de Técnico em segurança do trabalho, gostaria de aprender mais sobre essa profissão, Muitas pessoas dizem que vale muito apena.

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  3. Meu nome é Ana Carolina, 38 anos, sou técnica em segurança do trabalho dsde 2001 e atuo na área de treinamentos a qual me identifico muito e amo. Pelo fato de ser funcionária de uma instituição idônea já é um grande passo para impor meu respeite, mas postura ajuda muito também. Ministro treinamentos desde Cipa aonde me dou o luxo de usar um "salto alto" porque sou mulher, e não é porque temos que usar sapato de segurança que devemos deixar de lado a feminilidade até treinamento para operadores de retroescavadeira, mas pelo menos um batom e rímel sempre vai estará comigo.
    Um fato interessante e até curioso que aconteceu comigo, foi uma vez estar ministrando um treinamento para operadores de empilhadeira e tinha um participante que na hora do treinamento pratico queria se aparecer demais, ou seja, sua postura não condiz com segurança para ele nem para os demais. Fui, claro com toda paciencia do mundo, que precisamos ter quando se trata de docencia e orientei quantoa postura segura e tal e o sujeito não me dava bola, atenção nada... Derrepente me ví correndo atrás dele para tentar convence-lo de fazer o certo.. Resumindo: Deixe lhe ir até o final do treinamento e por fim o reprovei. E entre um comentário e outro vieram me contar que ele não me deu atenção pois não "acatava ordens de mulher" kkkkkkkkk. Para mim não deixou de ser engraçado, simplesmente ignorei e até achei graça. Mas triste foi o que aconteceu com ele, que por ter esta postura e não adquirir o certificado o gestor da área o mandou embora.... POis é, mas no geral não é sempre que encontro um "mala" desses por aí, só um ou outro e o que importa relamente é que sei a profissional que sou, o quanto me preparei e sempre continuo estudando para ser melhor a cada dia naquilo que faço e sabendo disso não me deixo abalar e mantenho minha postura firme.

    A maioria das vezes, entro em sala de aula, percebo os olhares uma certa rejeição e até mesmo assedio e o que eu adoro é que basta começar para ser reconhecida e respeitada e quer saber? Eu adoooro!

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  4. Excelente conteúdo, parabéns

    Carlos

    http://concurseiropaulista.com/

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  5. ótimo texto e tema, nos últimos dias tenho pensado muito nisso. Como vontade de reação, por isso cheguei no seu texto na procura. Parabéns! Podíamos dar início a um projeto bem legal, não feminismo sabe, mas exatamente fortalecer esta capacidade gerencial da mulher. Sou engenheira de segurança do trabalho , arquiteta e administradora, sustento duas filhas sozinha com meu trabalho. Sempre sempre vendo outras meninas reclamando e vendo as empresas optarem por homens por "não chamarem a atenção" e eu? Luto pra ter esmalte nas unhas sim, batom sim. Estamos na área pra fazer o melhor. Me procura no facebook Marilice Nascimento e vamos fazer algo acontecer

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