Eletricidade
A ameaça invisível
Quando falamos em
eletricidade, muitas vozes ecoam dizendo: EU SOU UM ÓTIMO ELETRICISTA, NUNCA
LEVEI CHOQUE, SEI TUDO DE ELÉTRICA.
Estas vozes, ou bem estes profissionais da área, são possuidores de uma alta
confiança misturada com um vício de trabalho, que muitas vezes acabam por ser o
alvo certo desta ameaça invisível.
A eletricidade não é vista, é um
fenômeno que escapa aos nossos sentidos, só se percebem suas manifestações
exteriores, como a iluminação, sistemas de calefação, entre outros. Em consequência
dessa ―invisibilidade, a pessoa é, muitas vezes, exposta a situações de risco
ignoradas ou mesmo subestimadas.
A eletricidade é uma área de atuação
o qual não se admite erros, achismos, incertezas.
Todo excesso de cautela e prevencionismo
deve ser tomado.
A eletricidade pode ser produzida por
diferentes fontes, tais como:
Ø Hidroeletricidade
Ø Energia Térmica
Ø Biomassa
Ø Energia nuclear
Ø Energia Eólica
Ø Energia Solar
No Brasil a GERAÇÃO de energia
elétrica é 80% produzida a partir de hidrelétricas,
11% por termoelétricas e o restante
por outros processos. A partir da usina a energia é
transformada, em subestações
elétricas, e elevada a níveis de tensão (69/88/138/240/440kV) e transportada em
corrente alternada (60 Hertz) através de cabos elétricos, até as subestações
abaixadoras, delimitando a fase de Transmissão
A NR10 embora seja um divisor de
aguas, expondo com clareza suas exigências, ainda assim empresas de grande e médio
porte, profissionais experientes ou novatos, instrutores veteranos ou calouros
deixam brechas perigosas ao destino.
Acidentes com Empresas de Energia com
colaboradores próprios do setor conviveu, no desempenho diário de suas
atividades, com riscos de natureza geral e riscos específicos, registrando-se em
média 840 acidentados do trabalho típicos com afastamento, acarretando, entre
custos diretos (remuneração do empregado durante o seu afastamento) e indiretos
(custo de reparo e reposição de material, custo de assistência ao acidentado e
custos complementares – interrupção de fornecimento de energia elétrica, por
exemplo), prejuízos de monta para o Setor de Energia Elétrica. 2.3 Acidentes
com Empresas Contratadas No que se refere aos acidentados de contratadas,
permanece a necessidade de um esforço maior por parte das empresas contratantes
no sentido da apuração sistematizada e mais rigorosa dos dados estatísticos e
de ações efetivas para a sua efetiva prevenção.
Os serviços terceirizados têm
influência marcante nas taxas de acidentes do SEB, especialmente na taxa de
gravidade, tendo sido registrados cerca de 74 acidentados fatais durante no ano
passado. Houve um aumento de 30% no número de acidentados fatais em relação ao
ano anterior (57), número este, que já era considerado elevado.
O efeito de eletricidade no corpo
depende da quantidade de corrente e do tempo em que o corpo é exposto a ela.
Quanto maior for a corrente, menor é o tempo de exposição para que um ser
humano sobreviva.
O caminho da corrente elétrica através do corpo também é crítica.
Por exemplo, passagem de corrente através do coração ou do cérebro é mais
fatal do que a corrente que passa através dos dedos. É preciso cerca de 1.000
miliamperes (1 ampère) de corrente para acender uma lâmpada de 100 watts. Abaixo
estão os efeitos que você pode esperar de apenas uma fração do que a corrente
pode fazer por alguns segundos.
Percurso da corrente elétrica no
corpo humano O corpo humano é condutor de eletricidade e sua resistência varia
de pessoa para pessoa e ainda depende do percurso da corrente. A corrente no
corpo humano sofrerá variações conforme for o trajeto percorrido e com isso
provocará efeitos diferentes no organismo, quando percorridos por corrente
elétrica os órgãos vitais do corpo podem sofrer agravamento e até causar sua
parada levando a pessoa a morte.
Períodos relativamente longos de
contato com a baixa tensão são a causa de muitas mortes de origem elétrica, em
casa ou no trabalho.
Em tensões muito elevadas (em linhas de média tensão, por exemplo), a vítima é
pode ser arremessada para longe, após o contato. Isso resulta em danos internos
menores, tal como insuficiência cardíaca, mas sofre uma terrível queimadura nos
locais de entrada e saída da corrente.
Efeitos no organismo
Qualquer vítima de choque elétrico pode sofrer os seguintes efeitos sobre o
corpo:
·
Contração dos músculos do tórax, causando dificuldade respiratória e
perda de consciência.
·
Paralisia temporária dos órgãos respiratórios, resultando em
incapacidade de respirar.
·
Fibrilhação ventricular do coração (principalmente em tensões mais
baixas).
·
Queima de tecido na entrada e pontos de saída (principalmente de tensões
mais elevadas).
·
Fraturas causadas por espasmos musculares.
Como lidar com lesões elétricas:
Situação 1:
Parada cardíaca.
Ação:
Comece a ressuscitação cardiopulmonar imediatamente.
Situação 2:
Fibrilhação ventricular. Essa condição é a mais provável de ser causada por um
choque de baixa tensão. Os músculos do coração perdem o ritmo e o coração entra
em espasmos.
Ação:
Comece a ressuscitação cardiopulmonar imediatamente.
Situação
3:
Parada respiratória. O choque elétrico faz a vítima parar de respirar as vezes.
Ação:
Começar imediatamente a respiração artificial e monitorar o pulso para
assegurar que o sangue está circulando. Se um fluxo o oxigenio para os pulmões
puder ser mantido pela respiração artificial até a parada cesse, a respiração
geralmente normaliza.
Situação 4:
Queimaduras elétricas. A corrente que passa através do corpo gera calor e pode
causar bolhas na pele. Se a corrente for forte o suficiente, ela pode destruir
o tecido do corpo e resultar em queimaduras elétricas graves. A aparência
externa de queimaduras elétricas pode não parecer séria, mas elas geralmente
são muito profundas e demoram a cicatrizar.
Ação:
Procedimento de emergência padrão para queimaduras. Atenção médica imediata é
necessária para prevenir a infecção. Localize na vítima a queimadura de saída
de corrente, bem como a queimadura de entrada.
Reações musculares involuntárias
Reação muscular involuntária é um efeito do choque elétrico que é experimentado
por todos que fazem contato acidental com um circuito elétrico.
Mesmo correntes domésticas podem levar a vítima a não soltar o circuito.
Se a corrente é forte o suficiente, esta reação muscular involuntária pode ser
suficientemente violenta para causar sérios danos aos músculos e ossos. Além de
travar a vítima à um condutor energizado, a reação muscular involuntária pode
levar a vítima a saltar ou cair, o que poderia resultar em uma lesão ainda mais
grave.